@anacarolinan
pois é...
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“Ela tinha tudo para ser feliz, exceto a felicidade.”
Criar, amar, acreditar
Estava pensando sozinha, comigo e com esse pleonasmo. Como é bom criar, não entendeu? Digo, como é bom criar nem que seja um pequeno dialogo, aquele meio bobinho, mas que você tem vontade de que se realize, sabe? Aquele que um amigo joga uma piadinha sarcástica para o outro e o outro vem e devolve com a ironia, nada além de respostas primas. Ah, o inventar. Perceba, estamos sempre criando. Acredito que não são todos que tem essa paixão, mas aqueles com que a compartilho, me entendam e me ajudem, ou simplesmente fiquem. Amo criar uma história a partir do nada, algo até meio louco de se ouvir. Você me da uma cena e eu crio, toda ela na minha cabeça. Sou capaz de criar ate os detalhes mais esquecidos, aquele botão com fio solto ou o descascado do esmalte. Eu crio, imagino, me divirto. Vou assim, sem pé nem cabeça criando umas vidas, uns personagens. Acho que já criei tanta gente em minha rotina que não conseguiria lembrar e que desonrada autora sou eu que, infelizmente, não lembro de minhas criações. Porém, eu tenho uma explicação. Eu vivo na lua, eu tenho um bilhete direto da minha cachola para um papel em branco e nesse papel em branco vou desenhando rabiscos e ai chego lá. Chego na Anna Molly, na Ariele, na Aria 3 meninas com uma característica igual, serem apaixonada pela arte. Lá no fundo as três são. Todas elas com suas personalidades e físicos diferentes, ah totalmente. Por que eu lembro dessas três? Porque em meio aos meus surtos elas vivem em meu quarto, isso está virando conversa de maluco, mas eu tenho diálogos. De uma maneira insana eu vou vendo mentalmente, no meu dia-a-dia as cenas de conflito. As cenas sem sentido. O abandono paterno, o suicídio o amor platônico o caso perdido, o amigo que tanto queria, um adotado. Elas são meus dramas, meu refugio e mesmo não sabendo alguns capítulos de suas histórias eu já sei o fim. As três tem um fim aflito, mas totalmente desnecessário de ser dito. Portanto -como minha professora de redação diz para terminar- acredito que a magia da vida está no criar, o desenho que contém um significado só seu, a história que tem mil e uma intenções e a fotografia que por mais sem sentido que pareça, tem todo o sentido e se você parar para explicar para alguém perde todo o enigma. Todos somos iguais por sermos racionais e o que nos difere é apenas a forma que entendemos as coisas.
- Já sei, podem me levar pro hospício. Nina
As estações mudaram....
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Talvez o desejo de todos simplesmente seja fugir, fugir pro campo. Sair da rota da cidade, respirar ar fresco. Entendo, entendo o que meu pai diz. Sabe, às vezes precisamos sair das "asas" de nossos pais bem quando chegamos a idade adulta, ali nos dezoito anos, mas não por escolha própria e sim por escolha da vida.
- Nina.
“Como, diabos, pode um homem gostar de ser acordado às 6:30 da manhã por um despertador, sair da cama, vestir-se, alimentar-se à força, cagar, mijar, escovar os dentes e os cabelos, enfrentar o tráfego para chegar a um lugar onde essencialmente o que fará é encher de dinheiro os bolsos de outro sujeito e ainda por cima ser obrigado a mostrar gratidão por receber essa oportunidade?”
| — | Charles Bukowski, Factotum. |
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Sol Loiro
Meu sol loiro positivo amor,
Ao teu lado eu posso ser quem sou.
Eu sei bem fui eu quem vacilou
Reconheço e agora aqui estou ...
- Seja positivo, Nina
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Dois
Tenho vontade de pegar o telefone e te ligar. Assim, do nada, totalmente sem sentido. Queria chegar e ouvir seu "oi" que quando está feliz - só por falar comigo - eleva o tom gradativamente, queria ficar com vergonha e enfiar minha cabeça no travesseiro e falar que to com vergonha. Mas acima de toda essa coisa romântica eu queria que a gente voltasse a se falar, queria trocar mensagens o dia inteiro sem sentido mas mensagens que me faziam feliz. Era incrível, do nada vinha um "eu te amo", "a gente ainda vai estar junto" ou "eu ainda vou te abraçar, te dar carinho". Fala alto, fala sério, fala mesmo. Fala que você também ta com saudade de mim.
- Dois dias sem ele, sem animação Nina.
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